"As esperanças contidas não sabem mais esperar as cantigas mais antigas já não lembro pra cantar e as lembranças mais amigas que poderiam me ajudar foram todas consumidas na saudade e no sonhar. O violão vai comigo compartindo meu viver fiel companheiro e amigo sabe sempre o que dizer faz parte do meu castigo meu destino e meu querer"
(Poema extraído do livro "Cantos Intermediários de Benvirá", lançado somente no Chile).
No fim do finito, no aberto fechado, na roda gigante, na roda rodada, na força do instante, na fé do chegado, na última hora, na voz do soldado. No branco dos olhos do teu namorado, procura menina, teu nome bordado. No grito contido, no tiro guardado, no braço de ferro, no triste adoçado, na mente dos homens, no tempo marcado, no meio e na frente, no fundo e do lado. No branco dos olhos, no centro da bandeira, na porta dourada, na vida vivida, cantiga cantada, no prego batido, na ponta virada, nas dores do mundo, na rosa roubada, no sonho perdido, na estória negada, na ponta da pena, na ponta fincada, na faca pequena, na foice amolada, na hora do salto, da sorte jogada, no largo caminho, na beiradeiradam no grande carinho, na desabalada, no quarto sozinho, na lembrança dada, no quente do ninho, do teu corpo amado, no meu ser vizinho, na volta dos idos, dos idos amados, dos idos partidos, nos idos ficados. No novo crescido, no pouco doado, esperança nossa, saudade matada, presente querido, futuro passado, sentido, seguido, e verbalizado, na esperança sou, esperado e esperançado.
(In: "Poética - Cantos intermediários de Benvirá", 2018[1973])
Estou mando-lhe o mais breve possível a minha dissertação: As poéticas de Chico Buarque e Gilliard: uma leitura comparativa intertextual encadernada e autografada.
Também vai a apresentação. Eu defendi em Lisboa na Universidade Aberta de Portugal e o diploma está sendo revalidado no Brasil na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, uma vem que Gilliard nasceu na capital potiguar.
Caixa de Recados (69 comentários)
Você precisa ser um membro de Clube do Jazz Paraíba Brasil para adicionar comentários!
Entrar em Clube do Jazz Paraíba Brasil
"As esperanças contidas
não sabem mais esperar
as cantigas mais antigas
já não lembro pra cantar
e as lembranças mais amigas
que poderiam me ajudar
foram todas consumidas
na saudade e no sonhar.
O violão vai comigo
compartindo meu viver
fiel companheiro e amigo
sabe sempre o que dizer
faz parte do meu castigo
meu destino e meu querer"
(Poema extraído do livro "Cantos Intermediários de Benvirá", lançado somente no Chile).
NO VIZINHO DO LADO
(Geraldo Vandré)
No fim do finito,
no aberto fechado,
na roda gigante,
na roda rodada,
na força do instante,
na fé do chegado,
na última hora,
na voz do soldado.
No branco dos olhos
do teu namorado,
procura menina,
teu nome bordado.
No grito contido,
no tiro guardado,
no braço de ferro,
no triste adoçado,
na mente dos homens,
no tempo marcado,
no meio e na frente,
no fundo e do lado.
No branco dos olhos,
no centro da bandeira,
na porta dourada,
na vida vivida,
cantiga cantada,
no prego batido,
na ponta virada,
nas dores do mundo,
na rosa roubada,
no sonho perdido,
na estória negada,
na ponta da pena,
na ponta fincada,
na faca pequena,
na foice amolada,
na hora do salto,
da sorte jogada,
no largo caminho,
na beiradeiradam
no grande carinho,
na desabalada,
no quarto sozinho,
na lembrança dada,
no quente do ninho,
do teu corpo amado,
no meu ser vizinho,
na volta dos idos,
dos idos amados,
dos idos partidos,
nos idos ficados.
No novo crescido,
no pouco doado,
esperança nossa,
saudade matada,
presente querido,
futuro passado,
sentido, seguido,
e verbalizado,
na esperança sou,
esperado e
esperançado.
(In: "Poética - Cantos intermediários de Benvirá", 2018[1973])
Geraldo:
_____ Como vai?
Show melhor impossível.
Estou mando-lhe o mais breve possível a minha dissertação: As poéticas de Chico Buarque e Gilliard: uma leitura comparativa intertextual encadernada e autografada.
Também vai a apresentação. Eu defendi em Lisboa na Universidade Aberta de Portugal e o diploma está sendo revalidado no Brasil na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, uma vem que Gilliard nasceu na capital potiguar.
Um abraço e que Deus lhe abençoe!
Continuo sendo seu fã número um.
Marcello Lopes Neves Filho
https://www.facebook.com/GovernoParaiba/videos/1651130064973644/
Geraldo como vai?
Seguem dois poemas m
Persistência
Para alguém na vida ser
É necessário em nós acreditar
Mesmo que um medíocre qualquer
Esteja da nossa capacidade a duvidar
Pra nos derrubar
Quem desiste no caminho
Jamais constrói um ninho
Com Oscar Wilde aprendi
E à ideia amadureci
Quem tem a humildade
As flores e os frutos tendem a crescer
Enquanto que a arrogância
O tempo faz apodrecer
Já dizia a canção
Do fundo do poeta do coração
A força do amor
De tudo é capaz alcançar
Não existe nenhuma impossibilidade
Para que qualquer vontade
Se transforme em realidade
Quando temos alguma dificuldade
De certas coisas de entendimento
Existe por perto um esperto
Querendo nos ridicularizar
Pra vantagem ele levar
Nessa hora é preciso ter persistência
Jamais nos deixar abalar
Com quem sabe menos do que nós
E só come o pó
Verbo
Está escrito na bíblia
No evangelho de São João
No princípio era o verbo
Segundo a gramática
Uma palavra indicando ação
Na sua classificação
Existe o de ligação
Bobo apesar de parecer
Muito nunca fui
Quem não é
Pode um dia virar
Em um mesmo lugar
Só fica um museu
Jamais eu
Um abraço e que Deus lhe abençoe!
Marcello Lopes Neves Filho
Ver todos os comentários